6.17.2007

não alcanço,
não me chega,
mas gosto tanto,
que chego a pensar
por vezes,
que é ai que está
o âmago do meu ser.

não me conformo,
não me contenta,
não me mostro
nem tão pouco me atormenta...

enquanto espero...

enquanto ainda é cedo para partir, espero, olho em volta e ouço o que me dizes, no silêncio dos nossos corações que ja não batem nem desejam. venho a descobrir nesse instante, que não sabia nem desconfiava da nossa indiferença perante um mundo que não nos pertencia, pois era o dos apaixonados pela vida...e nós tão despojados de qualquer ambição de lhe pertencer, arrastados fomos na correnteza de risos faceis e palavras vãs. em que momento nos comprometemos a deixar de sentir, por um momento apenas foste tu quem me obrigou a fazê-lo. nunca nos culpámos e nem tentámos descobrir se havia em nós uma desculpa para deixarmos de sonhar. o que terá acontecido em nossas mentes?